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José Norton de Matos


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José Norton de Matos

Militar e político português, nasceu em Ponte de Lima. Depois de frequentar a Universidade de Coimbra, cursa a Escola do Exército em Lisboa e é colocado como alferes no regimento da cavalaria n.º 4. Parte depois para a Índia (1898), onde organiza os cadastros das terras. Regressa a Portugal aquando da proclamação da República e adere ao novo regime. Em 1911 é chefe do Estado-Maior e em 1912 aceita o cargo de governador de Angola. Graças à sua experiência colonial é nomeado, em 1915, ministro das Colónias. Quando se dá o golpe sidonista exila-se em Londres, e depois da morte de Sidónio regressa ao país, retomando os seus cargos. É delegado de Portugal na Conferência de Paz de Paris, em 1921. Posteriormente é promovido a general e nomeado alto-comissário em Angola, onde procura beneficiar a região com novas estruturas. De 1924 a 1926 exerce, em Londres, o cargo de embaixador, mas a revolução de 28 de Maio de 1926 afasta-o do cargo que ocupara brilhantemente. Adversário do regime salazarista, apresenta a sua candidatura à presidência da República nas eleições de 1948, juntando à sua volta um núcleo de resistência à ditadura. Perdidas as eleições, retira-se da vida política. Foi Grão-Mestre da Maçonaria Portuguesa e são numerosos os trabalhos que publicou, como por exemplo: “A província de Angola” (1926) e “Memórias e trabalhos da minha vida” (1943-46), 2 vols.

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A Portuguese solider and politician, José Norton de Matos was born in Ponte de Lima. After attending the University of Coimbra, he attended the military academy in Lisbon and became a Second Lieutenant (“alferes”) in the 4th Calvary Regiment. From there he went to India (1898), where he supervised the land registry. After the declaration of the Republic, he returned to Portugal and joined the new regime. In 1911 he became Chief of Staff and, in 1912, he was named the governor of Angola. Thanks to his colonial experience, in 1915 he became Minister for the Colonies. At the time of the coup led by Sidónio Pais, he sought exile in London, returning after Sidónio’s death to the country and to his positions. Matos was the Portuguese delegate at the Paris Peace Conference in 1921, after which he was promoted to General and nominated High Commissioner of Angola, where he sought to better the region with new structures. Between 1924 and 1926 he was the Portuguese ambassador in London, but the Revolution of 28 May 1926 took him away from his brilliant work. He opposed Salazar’s regime and ran for President of the Republic in 1948, gathering a group of people that were against the dictatorship. Having lost the elections, he retired from political life. He was the Grand Master of the Portuguese Masons and published numerous writings, such as <em>A província de Angola [“The Province of Angola”] </em>(1926) and<em> Memórias e trabalhos da minha vida [“Memoirs and my life work”]</em> (1943-46), 2 volumes.

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