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Eça de Queirós: riso, memória, morte

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Joana Duarte Bernardes

Assumindo como ponto de partidaa aprendizagem da ficção, este livro procura entender a escrita queirosianacomo um ofício de memória. Para isso, <em>AsFarpas </em>surgem, pois, como um palco e como um laboratório. Como um palco,visto que se assiste ao teatro da realidade política e social traçado como ummundo às avessas, em que a subversão dos valores implica a assunção da vidacomo farsa; como laboratório, porque a observação da sociedade permite oarquivo (como documento posto em análise para ser diagnosticado) de umatipificação do real. </p> Do <em>riso como opinião </em>acabará por resultar a forja de personagens que,recriação das figuras anatomizadas n’ <em>AsFarpas</em>, serão sujeitas a um trabalho de individualização – como é o caso deLuísa, n’ <em>O Primo Basílio</em>. Mas nãoapenas. A aclamada ironia como chave de leitura da obra de Eça encobre eanuncia a ubíqua presença da morte enquanto insuportável revelação da históriade cada personagem – mesmo que a domesticação de <em>Thanatos</em> implique a apropriação cénica do cemitério romântico comoprolongamento da cidade dos vivos.

1.ª Edição
ISBN:
978-989-26-0093-2
eISBN: 978-989-26-0227-1
DOI: 10.14195/978-989-26-0227-1
Série: Investigação
Páginas: 262
Data: Maio, 2011

Palavras-Chaves

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