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João Chagas: a escrita como arma

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Joaquim Romero Magalhães

Nodia 5 de Outubro de 1910 a monarquia portuguesa caía sem quase haver quem adefendesse. E não porque as forças revolucionárias fossem tão poderosas que aderrocada se tivesse mostrado impossível de deter. Porém, poucos e poucoempenhados foram os defensores. Porque era geral o sentimento de que amonarquia já não servia o País. Fora esse o trabalho dos propagandistas,divulgando as ideias democráticas e convencendo os cidadãos da bondade daspropostas republicanas. Muitos foram os que se empenharam na propaganda, nãoapenas pela palavra oral mas sobretudo pela escrita.

Entreeles o mais notável terá sido João Chagas – como escritor e como divulgador deideias destrutivas arremessadas contra a monarquia. Através de toda a sua obra,desde A Republica Portugueza jornal publicado no Porto em 1890-1891 até àsCartas Politicas saídas em Lisboa em 1908-1910, foi a escrita usada como armacontra a dinastia e contra o que o regime representava de atraso para o País.

Escritade alta qualidade, empregando modos de expressar muito vibrantes e directos,mas ao mesmo tempo caprichando em elegância formal e usando a ironia e a boadisposição de um modo destruidor para os visados. A escrita de João Chagas épor si mesma a lição de um modo de fazer política. Transformando a prosa numcomo que projéctil. Que resultou eficaz, multiplicando o apoio popular que oregime republicano já tinha no momento da queda da monarquia. Pelo que JoãoChagas tem de ser tido como um dos principais agentes da revolução do 5 deOutubro.

1.ª Edição
ISBN:
978-989-26-0733-7
eISBN: 978-989-26-0734-4
DOI: 10.14195/978-989-26-0734-4
Série: Outros Títulos
Páginas: 90
Data: Maio, 2014

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