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Aristófanes e Plutarco: a comédia rindo de si mesma

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Márcio Henrique Vieira Amaro

Analisando a crítica de Plutarco à produção cômica de Aristófanes tendo como paradigma a obra de Menandro, percebe‑se que o historiador parece lançar as bases para um estudo das diferenças entre os períodos da comédia antiga e nova, apesar de originalmente querer apenas estabelecer um juízo de valor entre ambos os poetas. As conclusões de Plutarco, apesar de obtidas a partir de uma perspectiva pontual (limitando‑se apenas a dois poetas) e diacrônica (já que ambos os comediógrafos, apesar de representantes do gênero cômico grego, pertencem a contextos históricos exponencialmente distintos) oferece uma excelente oportunidade de se confrontar ambos os períodos da comédia grega e de se verificar a sua recepção pela audiência romana à época do imperador Augusto a partir de importantes paradigmas do gênero poético, tais como texto, performance e audiência. O trabalho se propõe a estabelecer uma análise entre as críticas de Aristófanes à Comédia Antiga e a crítica de Plutarco à Comédia Antiga a partir de Aristófanes. Essa análise buscará estabelecer os pontos em que há uma identidade ou uma diversidade nos paradigmas propostos. Espera‑se verificar até que ponto os juízos de Plutarco confluem ou discordam dos de Aristófanes; e como isso foi recebido em Roma.


ISBN:
978-989-26-1052-8
eISBN: 978-989-26-1053-5
DOI: 10.14195/978-989-26-1053-5_12
Área: Artes e Humanidades
Páginas: 181-192
Data: 2015

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