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A saúde mental e a crise económica

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Manuela Silva
Graça Cardoso
Benedetto Saraceno
José Caldas de Almeida

As crises económicas são consideradas períodos de alto risco para o bem-estar mental da população e, desde o início da atual crise económica, vários autores e várias organizações, nacionais e internacionais, vêm alertando para a necessidade de considerar este risco e de tentar minorar o seu impacto. A investigação sugere que as dificuldades financeiras e a incerteza económica aumentam a vulnerabilidade a problemas de saúde mental. Fatores como o desemprego, o empobrecimento, o endividamento e a perda de estatuto socioeconómico estão associados ao agravamento de perturbações depressivas, perturbações de ansiedade, consumo de substâncias e suicídio. As sociedades podem ser mais ou menos resistentes às crises económicas. A evidência disponível indica que políticas contracíclicas que apoiem as redes de saúde e de segurança social podem minorar os potenciais efeitos negativos da recessão. Cuidados de saúde acessíveis e programas ativos do mercado de trabalho, de apoio familiar e de alívio da dívida são algumas das recomendações para minimizar os riscos acrescidos para a saúde mental durante as recessões.


ISBN:

eISBN: 978-989-26-1105-1
DOI: 10.14195/978-989-26-1105-1_5
Área: Ciências Sociais
Páginas: 61-74
Data: 2015

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