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Mértola: um espaço lendário e místico

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Natália Maria Lopes Nunes

La beauté du paysage naturel, près du Guadiana (le fleuve de la déesse), est un espace légendaire et mystique depuis longtemps. Plusieurs découvertes archéologiques (quelques unes exposées au Musée de la Ville et d’autres au Musée National d’Archéologie) sont les témoins d’un passé historique très riche, surtout sous les domaines romain et arabe. De la période romaine, il y a des inscriptions dediées à la déesse Atégina (ou selon quelques auteurs, dediées à la déesse Prosérpine), avec l’épithète Dea Sancta, la sculpture de la tête de la déesse Cybèle et du dieu Dionysos, des amulettes phalliques et quelques monuments funéraires; de la période islamique, il y en a aussi plusieurs vestiges (un quartier, des objets en or, matériel de cuisine, une nécropole, l’église qui a été une mosquée) et c’est la ville du soufi Al-Mîrtulî; de la période chrétienne, il y en a des chapelles et des églises, surtout dediées à la Vierge et aux saints, comme par exemple, S. Barão. Cependant, les légendes de la région, comme l’origine du nom Mértola, «La Ciseaux de la Mauresque» et la légende de S. Barão ont fait de Mértola un espace légendaire e mystique. Mírtilis, Mirtolah, Mértola – région de Romains, d’Arabes et de Chrétiens – a été un espace sacré et partagé par plusieurs cultures, lieu où on a vénéré les déesses Atégina (ou Prosérpine, selon d’autres opinions) et Cybèle, le dieu Dionysos et où a vécu le poète soufi Al-Mîrtulî et le saint chrétien


ISBN:

eISBN: 978-989-26-0292-9
DOI: 10.14195/978-989-8281-69-2_14
Área: Artes e Humanidades
Páginas: 187-195
Data: 2012

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