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Edgar Morin
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Edgar Morin
Antropólogo, filósofo e sociólogo francês, de origem judaica, Edgar Morin, nascido Edgar Nahoum (Paris, 8 de julho de 1921), é hoje tido como um dos maiores pensadores do mundo ocidental e um especialista incontornável das ciências da comunicação. Considerado por muitos um precursor dos chamados Cultural Studies, foi cofundador, com Georges Friedmann e Roland Barthes, do Centro de Estudos de Comunicação de Massas (CECMAS, 1960-1963), e do Centro de Estudos Transdisciplinares: Sociologia, Antropologia, Semiologia (CETSAS, que dirigiu entre 1973 e 1989) na École Pratique des Hautes Études en Sciences Sociales (EHESS) e da revista Communications (1961). A 30 de Março de 2000, foi agraciado com o grau de Grã-Cruz da Ordem Militar de Sant’Iago da Espada de Portugal e, em 2021, aquando dos seus 100 anos, foi homenageado pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO). Grande erudito e humanista, e, em certa medida, visionário, procurou, ao longo da sua vasta obra – na qual destacamos L’esprit du temps (1962), Paradigme perdu: la nature humaine (1973), La Méthode (em 6 volumes, entre 1977 e 2004), Science avec conscience (1982), Penser l’Europe (1987), Introduction à la pensée complexe (1990), Les Sept savoirs nécessaires à l'éducation du futur (2000), Penser global (2016), Réveillons-nous! (2022) – e na sua busca pelo conhecimento do humano, cimentar a teoria do “pensamento complexo”, erigida em torno dos operadores da complexidade (o operador dialógico, o operador recursivo e o operador hologramático) e da noção de transdisciplinaridade, em nome, sobretudo, do questionamento da cisão entre Ciência e Arte, Cultura e Natureza, no redimensionamento dos conceitos de ordem e desordem, de unidade e multiplicidade, de complementaridade e antagonismo, e de auto-eco-organização.
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1 capítulos com autoria de Edgar Morin
Pensar global
Edgar Morin;Ana Clara Santos