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Aplicativos mobile pedagógicos para a educação básica: da possibilidade dialógica para uma inteligência conectiva

Pedagogical mobile applications for secondary education: from the dialogic possibility to a connective intelligence

≈ 2 mins de leitura

Cintia Inês Boll
Margarete Axt
Daniel Nehme Muller

Este capítulo analisa – pela perspectiva da potência criadora deliberadamente alocada para conectar usuários na ação comunicativa e de aprendizagem – aplicativos mobile pedagógicos, para estudantes da Educação Básica, registrados na plataforma brasileira Fábrica de Aplicativos, disponíveis publicamente no site Cultura Digital e Mídias Móveis (UFRGS). Os desenvolvedores, chamados appers pedagógicos, são professores na educação básica, licenciandos no ensino superior, e seguem o modelo Traga o Seu Próprio Dispositivo (Bring Your Own Device – BYOD). Escolhas digitais de sons, textos e imagens, constituem apenas parte da criação comunicativa entrelaçados aos conteúdos educacionais. A estética da criação se estrutura, nessa produção, tensionando um ponto de encontro entre appers e estudantes-usuários: o atrator. Atrator, conceito importante para um apper pedagógico, neste processo enunciativo, conecta-se à ideia de que, além de indivíduos coletivos, somos multivíduos (referência em Canevacci). O atrator presente na troca comunicativa resulta de conversações significativas e estratégicas (referência em Brown e Isaacs). Um atrator em tempos de cultura participativa atrai e ativa culturalmente, criando uma base comum entre as diversas comunidades e impulsionando sua decifração, especulação e elaboração (referência em Jenkins). Essa carga ativada na relação com o usuário através do aplicativo (app) é o que entendemos como inteligência conectiva, existindo em potência na criação, mas sendo vivida apenas na relação discursiva dialógica (referência em Bakhtin). E é no interdiscurso que determinada enunciação, carregada pelo atrator, comporta-se como voz. Inteligência conectiva existe quando o atrator inclui diversidade de sentidos, capturados em discursos dialógicos, e compartilhados pelo apper pedagógico no app. Quando o atrator tende a convergir sentidos implicados aos contextos educacionais, convidando a todos a apreciarem intencionalidades, uma inteligência conectiva está emergindo enquanto produção enunciativa. A possibilidade dialógica (multidirecional) acontece nesse nó de múltiplos sentidos produzido pelo atrator, em direção a uma inteligência conectiva, vivida nessa tensão dos sentidos entre todas as vozes participantes, impelindo-os a produzir sentidos.


ISBN:
978-989-26-1771-8
eISBN: 978-989-26-1772-5
DOI: 10.14195/978-989-26-1772-5_10
Área: Artes e Humanidades
Páginas: 207-233
Data: 2019

Palavras-Chaves

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