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Oralidade, escrita e livro no mundo antigo

Orality, writing and books in the ancient world

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Alexandra Santos

A Humanidade sempre quis preservar o seu legado social e cultural, e através da escrita foi possível materializá‑lo. Desde os tempos da Antiga Mesopotâmia ao Império Romano, passando por sociedades amplamente orais, como foi o caso da grega, a introdução do alfabeto transformou as sociedades e as culturas da Antiguidade; o livro surgiu como possibilidade perene desse legado, desde os rolos de papiro ao formato de codex. Apesar de o homem grego estar imerso nessa cultura predominantemente oral, foi aos poucos dando espaço à introdução da palavra escrita. Na Grécia do século V a.C., o livro começa a assumir uma gradual importância, e mais tarde, no século I, os poetas romanos reconhecem igualmente a relevância do material escrito. A difusão de livrarias e de editores permitiu um comércio mais profícuo de livros. Não obstante a falta de proteção quanto aos direitos de autor, existem nas próprias composições poéticas testemunhos das razões pelas quais os autores querem ver as suas obras publicadas, seja como uma forma de atingirem a imortalidade ou a possibilidade de uma circulação mais ampla dos seus trabalhos, apesar do perecível e frágil suporte onde são registados.


ISBN:
978-989-26-1710-7
eISBN: 978-989-26-1711-4
DOI: 10.14195/978-989-26-1711-4_6
Área: Artes e Humanidades
Páginas: 207-248
Data: 2019

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