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Poesia e aletheia: refutação da concepção de evolução na transição do pensamento mítico ao racional

Poetry and aletheia: refutation of the evolution concept in transition from mythic to rational thought

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Adriana Baldan
Luciano Coutinho
Gilmário Guerreiro da Costa

O surgimento da filosofia, identificada como a aurora do pensamento racional, tem ocupado um lugar de destaque na discussão acadêmica. Por isso mesmo não faltam teses que se atenham a dois objetos de estudos e suas relações: mito e razão. Historicamente tem prevalecido uma ideologia que trata a razão como uma evolução do mito. O objeto de estudo deste artigo é a relação entre mito e razão, precisamente no momento que Burnet denomina “Aurora da Filosofia”. O recorte escolhido para o tema foi o da transição da poesia, nos dois sistemas de pensamento, enquanto meio fundante da educação grega e as respectivas mudanças na concepção de Aletheia, fundamental tanto no pensamento mítico quanto no racional. Sabe-se que a definição para o termo “mito” até o século XIX estava relacionado a “fábula, invenção e ficção”, e é dessa definição que decorre o conceito de evolução para o pensamento racional. A partir da década de 1960, passou a ser entendido no seu caráter sagrado, de revelação primordial, modelo exemplar para a sociedade, que, segundo o historiador e filósofo romeno Mircea Eliade, é a forma pela qual as sociedades arcaicas compreendiam o mito. Esse entendimento do mito aos olhos da civilização arcaica será imperativo para a tarefa de refutação que se pretende realizar neste artigo.


ISBN:
978-989-26-1585-1
eISBN: 978-989-26-1584-4
DOI: 10.14195/978-989-26-1585-1_1
Área: Artes e Humanidades
Páginas: 10-35
Data: 2018

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