O banquete romano e os pueri delicati: uma convivialidade privada

Alexandra Coelho dos Santos

Os banquetes na Antiga Roma surgem como uma manifestação cultural e social, onde valores e demonstrações de poder eram acompanhados da extravagância de comida e de bebida, de emoções e impulsos carnais. Assim, a par da “sedução gastronómica”, o banquete romano, local privilegiado de prazer, goza com a presença e companhia dos denominados pueri delicati, os escravos favoritos que se tornam presenças eróticas que provocam o desejo dos seus senhores nestes momentos de comensal deleite romano. O erotismo latente neste tipo de manifestação cultural à mesa é acrescido dessa presença que encanta os olhos a par da satisfação de uma das necessidades primárias do corpo, a ingestão de alimentos, ainda que de forma excessiva, mas que fazem parte de uma histórica manifestação romana. Pretende este trabalho dar testemunho do prazer e do lazer que inundavam o banquete, da presença erótica que estes meninos traziam ao convívio social do banquete romano, conduzindo a uma satisfação psíquica e, por vezes, física, já que muitas vezes era consumado o ato sexual entre o puer delicatus e o seu senhor. Apresentaremos algumas referências textuais de autores de cariz clássico que abordam a questão destes tipos de rituais e hábitos sociais.

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ISBN: 978-989-26-1719-0
eISBN: 978-989-26-1720-6
DOI: 10.14195/978-989-26-1720-6_3
Área: Artes e Humanidades
Páginas: 53-69
Data: 2018

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