Economia e interdisciplinaridade: porque é que a economia não pode ser deixada apenas aos economistas?
Vítor Neves
Este é um texto sobre Economia e interdisciplinaridade. Parte da convicção de que pensar a interdisciplinaridade é pensar a natureza da própria disciplinaridade, de que falar de interdisciplinaridade é falar de disciplinas, de fronteiras e de conexões. Pensar a interdisciplinaridade na Economia é, em última análise, pensar a própria Economia como disciplina, o seu objecto, a natureza desse objecto, a definição das fronteiras e conexões que podemos ou devemos estabelecer. Neste texto dá-se conta da pluralidade de sentidos que a prática da interdisciplinaridade tem assumido na Economia, apresentam- se as razões por que se entende que a interdisciplinaridade é indispensável no estudo da economia e analisam-se dois modelos sobre o que deve constituir a interdisciplinaridade na Economia: um, multidisciplinar, o outro transdisciplinar. Chama-se ainda a atenção para os obstáculos inerentes à prática da interdisciplinaridade, desde os institucionais aos decorrentes das diferentes culturas disciplinares, modos e hábitos de pensar e conflitos intradisciplinares, defendendo-se, por fim, a relevância de uma concepção pluralista de ciência. O objectivo último do artigo é mostrar porque é que a economia (enquanto objecto de estudo), sendo um sistema aberto, não pode ser deixada apenas aos economistas.
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ISBN: 978-989-26-1238-6
eISBN: 978-989-26-1239-3
DOI: 10.14195/978-989-26-1239-3_4
Área: Ciências Sociais
Páginas: 123-152
Data: 2016
Palavras-Chaves
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