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Identificação por queiloscopia e palatoscopia

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Inês Caldas
Alexandra Teixeira
Daniel Pérez-Mongiovi
Américo Afonso
Teresa Magalhães

As técnicas descritas podem revelar-se úteis em diferentes contextos. A queiloscopia pode ser útil na identificação de indivíduos vivos, sendo muitas vezes a única forma de correlacionar um indivíduo a determinado local ou pessoa; porém, a utilização de impressões labiais é, ainda, controversa e rara. Alguns autores referem que ainda não existem provas suficientes que permitam concluir que as impressões labiais são únicas num indivíduo. Contudo, atualmente, a singularidade não constitui um parâmetro necessário para que uma característica possa ser utilizada no processo de identificação, sendo suficiente que seja discriminativa entre indivíduos. Estudos recentes relativos à deteção de ADN em impressões labiais abrem novas portas à queiloscopia. Em paralelo, outras investigações que visam relacionar os padrões queiloscópicos com a afinidade populacional e o género do indivíduo são igualmente prometedoras, sendo de esperar, num futuro próximo, uma crescente utilização desta metodologia. Na palatoscopia, tendo em consideração a localização anatómica das rugas palatinas, não é expectável a sua utilização na correlação de indivíduos a locais ou a pessoas. Pelo contrário, a sua utilidade na necroidentificação é reconhecida, quer pela relativa estabilidade da zona palatina, mesmo em situações em que o reconhecimento facial não é possível, quer pela provável existência de dados ante mortem. À semelhança do que acontece na queiloscopia, também a este nível se estão a desenvolver estudos que relacionam a afinidade populacional e o género do indivíduo com a sua fórmula palatoscópica, pelo que também aqui se espera uma maior utilização desta técnica.


ISBN:
978-989-26-0083-3
eISBN: 978-989-26-0963-8
DOI: 10.14195/978-989-26-0963-8_6
Área: Ciências da Saúde
Páginas: 109-131
Data: 2015

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