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A relevância do De re aedificatoria na herança disciplinar da arquitetura clássica em Portugal: a influência da obra escrita de Alberti

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Mário Krüger

Conhecido pelos seus contemporâneos por ter introduzido, de forma inovadora, a modernidade em arquitetura pela elaboração do tratado De re aedificatoria, a obra escrita de Leon Battista Alberti teve, no entanto, uma contingente receção em território nacional. Com efeito, a tradução em língua portuguesa por André de Resende, eventualmente elaborada em meados do séc. XVI, apesar de algumas referências coevas sugerirem a sua existência, nunca foi encontrada, nem sequer foi escrutinado qualquer fragmento da mesma que pudesse dar, de forma fidedigna, um testemunho documental. No meio destas incertezas, uma certeza, o tratado é publicado em Castelhano em 1582 com tradução assistida por Francisco Lozano e parecer favorável de Juan de Herrera dado em 1578. Assim, face à periodização da receção ao tratado de Alberti no mundo ocidental, desde a editio princeps até aos dias de hoje, caracterizada pelos horizontes de espera encomiásticos, de reflexão crítica e de revisão em evolução, podemos dizer que a presumível tradução de Mestre Resende configura um “horizonte de perda”, em termos da evolução da compreensão da arquitetura em Portugal nos últimos cinco séculos, principalmente pela ausência de um acolhimento explícito àquela obra e que a privou de um discurso comentador nas fases iniciais da sua receção.


ISBN:
978-989-26-1014-6
eISBN: 978-989-26-1015-3
DOI: 10.14195/978-989-26-1015-3_23
Área: Artes e Humanidades
Páginas: 443-471
Data: 2015

Palavras-Chaves

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