Harmonia e autonomia da aparência em Schiller: o transcendental revisitado
Harmony and Autonomy in Schiller: the transcendental revisited
Luciano Carlos Utteich
Em nota a A Religião nos Limites da Simples Razão (1793), Kant comenta a exposição de Schiller, em Graça e Dignidade (1793), como tendo associado o elemento estético (graça) ao elemento puramente moral (dignidade) sendo, porém, tal aproximação indevida em face da dignidade da lei. A partir dos demais textos de Schiller, como o Fragmento das Preleções sobre Estética (1792‑‑ 3), Do Sublime (1793), Sobre a Utilidade Moral de Costumes Estéticos (1793) e as Cartas sobre a Educação Estética do Homem (1795), pode‑‑ se mostrar que este não pensou a interação entre graça e dignidade no modo como lhe imputara Kant. Sem atrair para si o elemento estético, na compreensão schilleriana a dignidade antes não o rejeita, em face de não dever se deixar associar aos extremos da condição humana, a do selvagem e a do bárbaro. Isso pode ser demonstrado tematizando‑‑ se as noções de destinação e afeto desinteressado.
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ISBN: 978-989-26-1048-1
eISBN: 978-989-26-1049-8
DOI: 10.14195/978-989-26-1049-8_3
Área: Ciências Sociais
Páginas: 83-130
Data: 2015
Palavras-Chaves
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