Saúde mental e território: vulnerabilidades ambientais nos municípios da Amadora, Lisboa, Mafra e Oeiras
Adriana LoureiroMarta SilvaRicardo AlmendraPaula Santana
O reconhecimento do papel do ambiente na qualidade de vida e saúde mental da população confere ao lugar (de residência/ trabalho/recreio) a capacidade de participar na explicação dos padrões geográficos da saúde, doença e morte dos indivíduos. Nesta perspetiva, vários estudos concluem que as situações de vulnerabilidade agrupam-se em clusters, sugerindo uma amplificação do risco identificada pela ocorrência simultânea de vários fatores. Este trabalho pretende identificar territórios vulneráveis nos municípios da Amadora, Lisboa, Mafra e Oeiras tendo por base características ambientais com influência, potencial, na saúde mental. Foi avaliada a existência de situações de vulnerabilidade ambiental (através de indicadores ambientais: socioeconómicos e do espaço construído), tendo como objetivo contribuir para aprofundar o conhecimento das circunstâncias que se verificam nos concelhos em estudo. Indicadores com auto correlação espacial (avaliada através do I de Moran Global e Local) foram selecionados para a Análise de Componentes Principais. Posteriormente, esta análise foi complementada com o método Classificação Ascendente Hierárquica de formação de clusters. Identificaram-se padrões de aglomerações espaciais relativas às características do ambiente físico, social e económico que, de acordo com a literatura, têm impacto na saúde mental: i) baixa densidade populacional, ii) más condições de habitação, iii) má acessibilidade geográfica a equipamentos e serviços, iv) baixas taxas de formação e qualificação da população, v) altas taxas de desemprego e vi) elevado envelhecimento da população.
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ISBN:
eISBN: 978-989-26-1105-1
DOI: 10.14195/978-989-26-1105-1_4
Área: Ciências Sociais
Páginas: 51-59
Data: 2015
Palavras-Chaves
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