Bioacumulação de urânio em plantas aquáticas na região da Horta da Vilariça (NE de Portugal)
Urbanium bioaccumulation by aquatic plants in the region of Horta da Vilariça (NE Portugal)
C. CordeiroP. J. C. FavasJ. Pratas
Este estudo centra‑se na capacidade de bioacumulação de urânio (U) em plantas aquáticas da região uranífera da Horta da Vilariça. Selecionaram‑se 15 pontos de amostragem para recolha de amostras de água, sedimentos e plantas aquáticas. Nas águas verificou‑se o teor médio em U de 1,98 µg/L (mínimo de 0.6 µg/L, máximo de 5,56 µg/L). Os sedimentos apresentam uma média em U de 3929,2 µg/kg (mínimo de 123,5 µg/kg, máximo de 23909,5 µg/kg). Foram amostradas 26 espécies de plantas aquáticas, num total de 199 amostras. Comparando os teores de U na água e nas plantas, podemos afirmar que a maioria das plantas exibem grande capacidade para concentrar U. As plantas que apresentam maiores teores de U, em média, são: Scorpiurium deflexifolium (34205,0 µg/kg), Fontinalis antipyrética (25612,4 µg/kg), Nasturtium officinale – zona radicular (7380,1 µg/kg) e Roripa sylvestris – zona aérea (7280,5 µg/kg). Apenas Nasturium officinale, Eleocharis palustris, Mentha pulegium e Mentha rotundifolia têm capacidade de concentrar U nas raízes. A planta Roripa sylvestris apresenta um teor médio de U superior na zona aérea face à zona radicular, revelando capacidade de translocação e de bioacumulação. Os valores do fator de bioconcentração (concentração na planta/concentração na água) mais elevados correspondem a 23919,6 para Scorpiurium deflexifolium, 16418,2 para Fontinalis antipyrética, 5125,1 para Nasturtium officinale – zona radicular e 4282,4 para Roripa sylvestris – zona aérea.
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ISBN:
eISBN: 978-989-26-0531-9
DOI: 10.14195/978-989-26-0531-9_35
Área: Ciências Naturais
Páginas: 351-358
Data: 2012
Palavras-Chaves