Autores

Egídio Namorado nasceu em Alter do Chão a 27 de Novembro de 1920 e faleceu em Dezembro de 1976. Frequentou o Liceu de Portalegre e o Liceu José Falcão em Coimbra. Em 1938 foi-lhe atribuído o Prémio Nacional concedido ao aluno do 7º ano dos liceus mais classificado do país. Licenciou-se em Ciências Físico-Químicas pela Universidade de Coimbra em 1945, tendo sido convidado para assistente pelo Professor Mário Silva. Contudo, viu recusado o acesso a estas funções, assim como ao magistério no ensino secundário, oficial e particular, por razões políticas. Também não lhe foi concedida licença de saída do país para usufruir de uma bolsa de estudo em Inglaterra. Para sobreviver, deu explicações em Coimbra durante 20 anos, mas, apesar destas vicissitudes, nunca afrouxou o estudo e a intervenção cultural e cívica. Enquanto estudante participou nos movimentos da juventude democrática, nomeadamente o MUD Juvenil, e, posteriormente, em diversas ações de luta contra o fascismo. Pertencia à direção da Associação Portuguesa de Escritores quando esta foi encerrada pelo governo de Salazar. Em 1945, fez parte do grupo que assumiu a direção da revista Vértice, cuja redação integrou até 1958, tendo publicado aí a maior parte da sua obra ensaística. Foi um dos precursores do movimento neorrealista na cultura portuguesa, prestando especial atenção à Filosofia/Epistemologia da Ciência. De 1959 a 1963 dirigiu, em Lisboa, o Serviço de Documentação da Companhia Portuguesa de Indústrias Nucleares (CPIN). Posteriormente, na Fundação Calouste Gulbenkian, foi Diretor Adjunto do Serviço de Ciência, Subdiretor e, mais tarde, Diretor do Centro de Cálculo Científico.

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