Carlos FortunaAntónio Sousa Ribeiro
Apresenta-se o ensaio centenário de Simmel A Ruína, em versão de 1919 embora o texto tenha surgido originalmente em 1911, e discute-se a abordagem do autor à estética e ao significado da ruína clássica. Ao mesmo tempo, discorre-se sobre o lugar as ruínas (pós)industriais, o que permite interrogar sobre a atualidade das hipóteses do filósofo alemão. A Ruína de Simmel argumenta acerca do conflito da natureza com o espírito e do modo como a “revolta” da natureza que gera a ruína, produz também paz e temperança. O tratamento de Simmel apresenta traços gerais da avaliação romântica da ruína e não é imediata a sua aproximação ao contexto da ruína contemporânea resultante da ação humana (incúria, degradação e guerras). É essa ruína (pós)industrial que é trazida para a comparação e que, ao assinalar dois casos consagrados de ruína urbana contemporânea – Aleppo e Detroit – faz destacar a ordem estética da decadência em que o contraste com a ruína de Simmel ganha sentido e atualidade.
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1.ª Edição
ISBN: 978-989-26-1822-7
eISBN: 978-989-26-1823-4
DOI: 10.14195/978-989-26-1823-4
Série: Olhares
Páginas: 66
Data: Dezembro, 2019
Palavras-Chaves
Ruína, estética e significado, ruína clássica, ruína (pós)industrial, conflito da natureza com o espírito, ruína contemporânea
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