Luís Miguel Correia
Portugal é um território marcado pela presença de numerosos castelos. Na planície ou em lugares alcantilados eles contribuem para a fisionomia do espaço, originando identidades próprias, mas exibindo semelhanças iconográficas que nos remetem para tempos “primitivos”. À origem, perceção e desenvolvimento de tais estruturas militares está diretamente associada a história política e social do País. Devido à sua natureza programática, quase apenas militar, elas desempenharam papel estratégico na configuração do território até final da Idade Média, época coincidente com a transição para a fortificação abaluartada e a sua progressiva perda de funcionalidade. Um dos desígnios do livro traduz a vontade de inventariar e compreender o perfil arquitectónico do castelo em Portugal, particular atenção sendo votada ao papel do Estado Novo. Foi neste período que, recorrendo a um discurso escorado num determinado passado com o propósito de legitimar valores de um certo presente, a campanha de intervenções realizada nos monumentos nacionais, sob a égide da DGEMN, contribuiu para que hoje a presença do castelo protagonize a identidade da paisagem, rural ou urbana.
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1.ª Edição
ISBN: 978-989-26-0022-2
eISBN: 978-989-26-0220-2
DOI: 10.14195/978-989-26-0220-2
Série: Investigação
Páginas: 469
Data: Junho, 2010
Palavras-Chaves
Castelos, Património arquitectónico, Restauro arquitectónico
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