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Marcello Caetano, marcelismo e “Estado social”: uma interpretação

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Luís Reis Torgal

Fala-se muitas vezes de “Primavera marcelista” e de“liberalização bloqueada” para caracterizar o regime de Marcello Caetano(1968-1974).Por sua vez, o sucessor de Salazar insistia na ideia de que se tratava de uma“Renovação na continuidade” e preferiu utilizar o conceito de “Estado Social”para caracterizar o Estado Corporativo, cujadenominação também manteve, considerando que deveria ser aperfeiçoado. Esteconceito de “Estado Social”, se é assim entendido por Marcello, não deixa deser, embora apenas formalmente e com outro sentido, o mesmo conceito hoje tãousado no debate político, considerando-o, alguns, essencialmente uma conquistada democracia, que, todavia, se está a perder.Por outro lado, no tempo de Marcello Caetano, o seu regime foi criticado àdireita e à esquerda, considerando-o a primeira uma traição ao salazarismo e,sobretudo, à sua concepção de Estado uno, e a segunda um Estado Novo semSalazar e… com Marcello Caetano.</p>Afinal o que foi o Marcelismo ou o período marcelista e quem foi Marcello Caetano?Este ensaio, retomando outros trabalhos realizados — num tempo em que osestudos sobre o estadista parecem ser mais frequentes na historiografiaportuguesa, muito mais interessada por Salazar — pretende, de uma formaassumida e fundamentada, responder a esta questão.</p>

1.ª Edição
ISBN:
978-989-26-0595-1
eISBN:
Série: Outros Títulos
Páginas: 132
Data: Maio, 2013

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