Ética e retórica forense: asebeia e hybris na caracterização dos adversários em Demóstenes
Priscilla Gontijo Leite
O intuito desta investigação é analisar o uso dos termos asebeia e hybris nos discursos forenses presentes no corpus Demosthenicum. Ambos os conceitos desempenham um papel importante nos discursos para descrever negativamente o caráter do adversário e atribuir uma culpa maior ao delito cometido. A eficiência dos termos em atrair a simpatia dos juízes é comprovada nos discursos por meio da recorrência de diversas situações, tais como homicídios, agressões, mau uso da cidadania, rivalidades políticas e disputas familiares. O estudo foi dividido em três partes. A primeira é dedicada à discussão das questões metodológicas; a segunda, ao tratamento das noções de asebeia e hybris no período arcaico e clássico; por fim, a terceira se refere ao uso dessas noções no mundo dos oradores, principalmente em Demóstenes. A terceira parte é dividida em sete capítulos, cada um dedicado a um uso específico dessas noções. Demóstenes escolheu com cuidado quando utilizar as noções de asebeia e hybris para compor o ethos negativo do adversário através do enriquecimento da acusação com fatores que não estão necessariamente ligados à ação principal, mas que são condenáveis aos olhos dos cidadãos. Assim, as noções de asebeia e hybris são amplamente utilizadas nos casos em que a tradição da cidade está em perigo.
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1.ª Edição
ISBN: 978-989-26-0844-0
eISBN: 978-989-26-0845-7
DOI: 10.14195/978-989-26-0845-7
Série: Classica Digitalia: Humanitas Supplementum - Estudos Monográficos
Páginas: 422
Data: , 2014
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