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Cartas de Joaquim de Carvalho a Alfredo Pimenta: 1922-36

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Paulo Archer de Carvalho

Personalidades e credos, filosofias e ideias, convicções e razões, tudo parecia conspirar para o perfeito desentendimento entre estes dois autores: porém, ao longo de quinze anos, não foi bem assim.<br />Raros documentos, como os textos do <em>scriptorium</em>, dados ao póstumo estudo epistolográfico, arquivam a fresca energia da autenticidade e a aura do instante, mesmo se já mediadas por releituras e reflexões sobre o que se acabou de escrever; e raros documentos catalogam com tanta precisão os rastos inscritos, possibilitando a legibilidade interna e a reconstrução mais rigorosa de uma hermenêuticos de teor intelectual, psicológico e biográfico.<br />Para o leitor mais treinado ou para o especialista, o traço, o meandro cursivo da letra, a <em>in-tensão</em> do rasgo no papel, hesitações e lapsos <em>calami</em>, são vestígios gestuais daquilo mesmo que o próprio Joaquim de Carvalho se apercebeu, com Dilthey, serem indícios do <em>Einfühlung</em>, que assinalam a (in)esperada entrada nesse mundo virtual do outro, no imo do universo de representações de um autor. <br />Quer dizer: pelo exame do <em>sym-pathos</em> se acede, também, ao portal da sua egohistória.

1.ª Edição
ISBN:
978-989-26-1150-1
eISBN: 978-989-26-1151-8
DOI: 10.14195/978-989-26-1151-8
Série: Documentos
Páginas: 280
Data: Maio, 2016

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